sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DRUMMONDIANDO ITABIRA

É preciso drummondiar mais a nossa cidade.
Itabira carrega a marca de ser a capital da poesia! Esta patente pesa muito quando vemos a falta de atenção e cuidados na preservação da nossa história e cultura. Não bastasse o impacto visual causado pela extração mineral, as placas que compõe os caminhos Drummondianos, por exemplo, sobrevivem diante a  monumentos  pixados e edificações centenárias sem nenhum cuidado patrimonial.  O maior poeta da língua portuguesa nasceu aqui e o turista vem de várias partes do mundo  com o desejo de vivenciar a história e obra de Drummond!

Fui esta semana ao Memorial Carlos  Drummond de Andrade  e  fiquei satisfeito por ver  a  qualidade do acervo permanente sobre a vida e obra do poeta. Está muito bom, porém, senti falta de um espaço dedicado para venda do artesanato itabirano. Quando viajo a passeio, gosto de ver e comprar o artesanato das  cidades que visito. É  como se um pouco da viagem voltasse  na minha mala, como forma  de nunca mais esquecer os bons momentos  vividos. Em Itabira, então, é um sacrilégio visitar a cidade, berço do poeta maior, e ir embora sem levar  nada  como referência. Enfim, todos os pontos de turismo em Itabira  precisam ter um espaço para venda dos produtos feitos pelos  artesãos  de nossa cidade.

Este assunto rende e sempre voltarei a tratar dele aqui no "Noites itabiranas"  e também em outras mídias que participo. Contudo, não vou estender muito as idéias, pois minha proposta  como blogueiro é deixar sempre  meus textos mais enxutos, oferecendo assim uma leitura reflexisiva e mais direta.

Um comentário:

  1. OLá João Carlos, certo que o prédio onde deveria funcionar o Memorial Carlos Drummond de Andrade está mais organizado. Desde que Marcio Sampaio, a chamado de Gloria Menezes, fez e implantou o projeto possível por lá. E agora com Solange Alvarenga mantem-se (e como não sei) talvez até melhore.
    Mas a obra de Oscar Niemeyer tem quinhetos problemas. Primeiro, você sabe, não foi respeitada as dimensões do projeto original. Depois não se transformeu em Memorial: ser referência nacional e internacional da vida e obra de CDA. Não é e nunca teve projeto para tal fim.
    Enfim pra não alongar também: diferente de você vou publicar uma longa entrevista que O Cometa fez com Luiz Alex Saraiva, que foi professor da Funcesi por uns cinco ou seis anos, ficou fascinado com a história de Itabira e fez sua tese de doutorado na UFMG sobre Carlos Drummond de Andrade e a Indústria Cultural na Terra do Poeta: "do ponto de vista formal não há política cultural em Itabira", diz ele. OU "você percebe que aqueles espaços, o refinamento dos projetos dos espaços, atende perfeitamente à demanda da elite de Itabira". Ou ainda: Dá muita triteza. No memorial tem a mesa que ele escrevia, a cadeira que ele sentava. Aquela coisa assim completamente vazia. É uma pena, porque é uma cidade sem alternativas e quando tem alguma ela é mal compreendida e não priorizada".
    A entrevista já foi publicada no cometa em 2010. Digo que foi postá-la no blog do Cometa. OU posso enviar pra você por email.
    abraços,
    Marcelo Procopio
    mprocopio@ig.com.br
    cometaon@gmail,com

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