Por estes dias, chegou para mim, pelos Correios, um envelope pardo sem o remetente. Logo desconfiei e pensei inclusive em chamar um esquadrão anti-bombas, afinal, estamos em véspera de eleições e tudo é possível. Contudo, ao ver que não passo de um cidadão comum, sem eira nem beira, vi que não correria risco algum de ser exterminado por quem quer que seja. Então, com minha tesoura em punhos, cortei a beirada do envelope e vi que se tratava de uma mídia de DVD contendo a seguinte mensagem: Você é a favor da valorização do professor? Assista a esse vídeo. Coloquei a mídia no aparelho e por um tempo assisti um vídeo institucional de propaganda a favor de um candidato a deputado federal envolvido nas lutas sindicais da classe dos professores. Caramba, pensei, como que a tecnologia está cada vez mais próxima do processo eleitoral! Foi o tempo que recebíamos apenas os santinhos com a figura estampada dos candidatos. Hoje, com a era digital, com o poder da informação, somos agraciados, no conforto do nosso lar, com um portfólio eletrônico completo sobre o candidato, contendo um filme com depoimentos e, claro, as benditas promessas.
Por mais que pareça uma brincadeira, logo após ver o vídeo do candidato dos professores, o meu telefone toca. Ao atender, uma voz firme do outro lado da linha faz uma saudação bem mineira: _Olá, aqui é o fulano de tar , candidato a Senador. Tudo bom com você? Como ele deu uma pausa na sua fala, logo pensei que se tratava dele mesmo, por isso, acreditem, eu respondi!!!!!!!! Mal terminei de responder ao pretenso candidato, ele começou a falar, falar e falar seu discurso eletrônico. E eu ali, com cara de tacho, sem saber porque ainda escutava uma gravação que sequer permitiria uma participação minha na conversa.
Por mais que pareça uma brincadeira, logo após ver o vídeo do candidato dos professores, o meu telefone toca. Ao atender, uma voz firme do outro lado da linha faz uma saudação bem mineira: _Olá, aqui é o fulano de tar , candidato a Senador. Tudo bom com você? Como ele deu uma pausa na sua fala, logo pensei que se tratava dele mesmo, por isso, acreditem, eu respondi!!!!!!!! Mal terminei de responder ao pretenso candidato, ele começou a falar, falar e falar seu discurso eletrônico. E eu ali, com cara de tacho, sem saber porque ainda escutava uma gravação que sequer permitiria uma participação minha na conversa.
Mesmo com todos estes aparatos tecnológicos, as campanhas eleitorais continuam a entupir nossas caixas de correios com jornais e panfletos dos mais diversos candidatos. Quem é pago para distribuí-los sai espalhando os impressos para todo canto da cidade, sem nenhum planejamento. Além do mar de papeis, há também os jingles (trilhas musicais) dos candidatos. É doloroso ouvir repetidamente, sob uma melodia hipnotizante, o pedido para votar em cicrano, pois ele é ficha limpa. Será que eles acreditam que com todo este bombardeio massificante de papeis e som volante vão conseguir convencer a mim, ou a outro cidadão, a votar neles? Os marketeiros políticos garantem que sim e inclusive podem provar com embasamentos teóricos. Só que comigo, não vem que não tem neném... Mas enfim, como somos heróis da resistência, e todo este martírio acaba na próxima semana, façamos valer a nossa cidadania escolhendo representantes que possam trabalhar a favor de todos e desenvolver nosso Estado e a Nação. Espero, sinceramente, que toda esta peleja, ao qual fomos provados durante as campanhas, valha na hora do voto, e que possamos contar com líderes verdadeiramente comprometidos com nossa gente.
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