Sempre ouvi esta história, mas com várias versões e personagens diferentes. Portanto, registro aqui a crônica do Mário Prata, que acredito ser a mais fiel.
Dirvitam-se!
Dirvitam-se!
(...) Era a Tupi. Era o Teleteatro Tupi. Todo sábado, ao vivo, no horário nobre. Cada dia uma peça inteira, de teatro, adaptada pelos nossos melhores roteiristas (aliás são os mesmo que escrevem novelas hoje em dia, quarenta anos piores). A cena - extremamente dramática - era mais ou menos assim: uma atriz está na sala, sozinha, lê uma carta, a câmera se aproxima dos seus olhos, um par de lágrimas rola paralelos, câmera recua, ela vai até a mesinha, pega a caixa de fósforo, queima a carta, joga o papel em chamas no cinzeiro. Câmera vai para a porta, entra o galã, sente o cheiro de papel queimado e diz, suspeitando de alguma coisa:
- Hum, que cheiro de papel queimado...
Isso foi o ensaio da cena. Agora está na hora de entrar no ar, ao vivo. Tudo pronto para a transmissão. Começa a cena. A mocinha lê a carta, a mocinha chora, a mocinha procura o fósforo e... onde está o fósforo? O contra-regra não colocou o fósforo na mesinha, porra! O que fazer? É ao vivo! Ela não tem dúvida, rasga a carta e coloca em cima do cinzeiro. Câmera vai para a porta, entra o galã já dizendo a sua fala: hum, que cheiro de... quando percebe que o papel não foi queimado. Mas ele não perde o rebolado e diz:
- Hum, que cheiro de papel... rasgado!
Para ler este texto na íntegra e outras crônicas do Mário Prata, acesse: http://www.marioprataonline.com.br/
João, essa história é muito boa! O Mário Prata é show! Eu sei que vc sabe outras histórias desse tipo. Quando der, publica ai que tô lendo aqui. Bjs, Janete (Tô morrendo de saudade de Itabira...)
ResponderExcluirEu vi uma entrevista do Prata no JÔ e parece que ele contou esta história. O cara é Federal e tem mesmo muita história pra contar. Mas quero ver tbm histórias aqui de Itabira, por isso lanço ai uma dica para o pessoal do Noites Itabiranas, pq não levanta as Histórias do teatro em itabira? Meu tio fez teatro na cidade durante a década de 50 e sei que tem uma pá de gente que possa contribuir.
ResponderExcluirMuito boa essa tirada!!! Dez!!!
ResponderExcluirAo vivo tem de se virar nos 30...
Muito bom!
ResponderExcluirDoido! Axu que vc já contou esta história uma vez. Mas é muito bom! Dá vontade de voltar no tempo e participar disso tudo. Bjim
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